15/12/2011

como diria o outro

…a transição é um jogo cujo melhor prognóstico vem no fim.

Desconfiem impiamente de quem postula que se pode decidir a partir de uma checklist pueril de traços de personalidade; que não importam tanto o caminho e o balanço final de qualidade de vida, como um vago sentimento de si.

A transição é, em mais sentidos que um, uma viagem. E, como em qualquer viagem, importa o veículo, o trajecto, um bom mapa, as paragens e provisões. Não se pode prever cada buraco ou mancha de óleo, mas é bem menos provável que acabemos colados aos rails. E, sobretudo, importa que o destino seja de facto mais apelativo do que a cidade que deixamos para trás. Se não o conseguimos garantir com alguma confiança, então, bom, guardemos a gasolina para outro dia.